O diagnóstico não foi divulgado, mas esse tipo de procedimento é geralmente indicado para alterações endometriais, miomas, tumores, hiperplasia endometrial e cânceres, de acordo com o médico ginecologista, Marcos Maia, que também é especialista em cirurgia minimamente invasiva e ginecologia oncológica
Livia Andrade, integrante do Domingão do Huck, passou por um procedimento na região íntima chamado vídeo-histeroscopia cirúrgica. A intervenção foi feita com urgência após a artista se queixar de sangramentos fora do período menstrual, queda de cabelo e rosácea. O diagnóstico não foi divulgado, mas esse tipo de procedimento é geralmente indicado para alterações endometriais, miomas, tumores, hiperplasia endometrial e cânceres, de acordo com o médico ginecologista, Marcos Maia, que também é especialista em cirurgia minimamente invasiva e ginecologia oncológica.
“A histeroscopia cirúrgica tem o objetivo de tratar as alterações que foram identificadas no útero e, para isso, deve ser feita sob anestesia, para que não haja dor”, explicou o especialista. “Nesse procedimento, continua: “após a administração da anestesia, o histeroscópio, que é um equipamento fino que contém uma microcâmera acoplada em sua extremidade, é introduzido pelo canal vaginal até o útero para que sejam visualizadas as estruturas. Em seguida, para expandir o útero e permitir a realização do procedimento cirúrgico, é colocado fluido, com auxílio do histeroscópio, dentro do útero, promovendo a sua expansão”.
A partir do momento em que o órgão adquire tamanho ideal, Marcos Maia explica que os equipamentos cirúrgicos também são introduzidos e o médico realiza o procedimento em si, que dura por volta de trinta minutos. Como não existem cortes para inserir os dispositivos necessários para o procedimento, não é necessário levar pontos. “Por este motivo, a recuperação após o procedimento é considerada rápida, levando de três a quatro dias”, acrescentou o ginecologista.
A histeroscopia tem se mostrado um método eficaz no diagnóstico de lesões dentro do útero e outras condições ginecológicas importantes. Esse procedimento permite estratégias de tratamento mais eficazes, prevenindo complicações e melhorando a saúde feminina.
Outras modalidades de histeroscopia
Além da histeroscopia cirúrgica, procedimento em que Lívia Andrade foi submetida, existem outras duas técnicas: a histeroscopia diagnóstica, que avalia o útero e o canal cervical, geralmente realizada em consultório; e a histeroscopia com biópsia, que coleta amostras de tecido endometrial para análise, geralmente realizada em ambiente mais controlado, como o hospital.
“A histeroscopia diagnóstica pode causar algum desconforto, e em alguns casos, é necessário o uso de analgésicos. A histeroscopia com biópsia, por outro lado, requer sedação com anestesia, assim como ocorre a histeroscopia cirúrgica”, esclareceu o ginecologista.
Principais indicações do exame
A histeroscopia diagnóstica é indicada para investigar suspeitas de miomas, pólipos, espessamento do endométrio, infertilidade e malformações uterinas. O procedimento pode detectar alterações endometriais, miomas, tumores, hiperplasia endometrial e cânceres.
“No caso da histeroscopia diagnóstica, não é necessário preparo especial, mas a paciente não deve estar menstruada ou com infecção. Em casos específicos, como em mulheres na menopausa, pode ser usado hormônio local. O exame pode causar desconforto, com analgésicos utilizados quando necessário, e a recuperação é rápida, com atividades normais retomadas logo após sua realização”, explicou o especialista, Marcos Maia.
Sobre o médico Marcos Maia
Marcos Maia é médico ginecologista formado pela Universidade São Camilo (2016) com Residência em Ginecologia e Obstetrícia do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE, 2017-2020) e também especialização em Oncologia Ginecológica (IBCC, 2020-2022).
É, também, especialista em Patologia do Trato Genital Inferior (PTGI) pela Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia (ABPTGI) e em Endoscopia Ginecológica e Ginecologia e Obstetrícia pela Febrasgo – TEGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).
Possui especialização em Administração Hospitalar e de Sistemas de Saúde (Fundação Getúlio Vargas, 2021-2022).
Sempre buscou aprimoramento profissional na área da saúde da mulher e políticas de saúde pública. Organizador e co-autor do Guia Prático de Saúde da Mulher e com participação na elaboração de capítulos do livro: sobre Epidemiologia e Saúde Coletiva.