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Ômega-3 pode ajudar na prevenção e no controle da endometriose

Ômega-3 pode ajudar na prevenção e no controle da endometriose

 Estudos destacam o papel anti-inflamatório do ômega-3 na redução de riscos e alívio de sintomas da doença, reforçando a importância de escolhas alimentares saudáveis

A endometriose, uma doença que afeta milhões de mulheres em todo o mundo, pode ter no ômega-3 um importante aliado. Uma pesquisa publicada pela revista científica Human Reproduction, dos Estados Unidos, aponta que dietas ricas nesse ácido graxo essencial podem reduzir o risco de desenvolvimento da condição em até 22%, além de aliviar sintomas como dor e inflamação, devido às suas propriedades anti-inflamatórias.

“O ômega-3 age melhorando a inflamação, o que, por si só, traz inúmeros benefícios já que a endometriose está associada a uma resposta inflamatória importante. Sua suplementação tende a melhorar os sintomas, como dor e desconforto. Explica Marcos Maia, médico cirurgião ginecologista especialista em endometriose.

O estudo acompanhou mais de 70 mil mulheres ao longo de 12 anos pela Nurses’ Health Study II, e revelou que dietas ricas em ômega-3 diminuem significativamente o risco de desenvolver a doença. No entanto, o estudo também identificou que mulheres com maior consumo de gorduras trans têm um risco 48% maior de desenvolver a condição.

“Embora ainda seja necessário avançar nos estudos sobre nutracêuticos e endometriose, sabemos que a alimentação é um fator modificável, com boa adesão e alta relevância no cotidiano das mulheres. O uso do ômega-3, integrado a uma dieta personalizada, pode ser mais uma ferramenta para o manejo da doença, ajudando a melhorar a qualidade de vida das pacientes”, destaca o médico.

Outras pesquisas já indicam que o ômega-3 pode modular agentes pró e anti-inflamatórios, essenciais no tratamento da endometriose. Além de peixes oleosos como salmão e sardinha, o nutriente pode ser encontrado em sementes, nozes e suplementos alimentares. Mas é preciso de orientação médica.

Endometriose afeta 8 milhões de brasileiras 

Nos últimos anos, o Brasil tem testemunhado um aumento significativo nos casos de endometriose, condição ginecológica que afeta a qualidade de vida de, pelo menos, 8 milhões de mulheres em todo o país.

“O impacto da endometriose na qualidade de vida das mulheres é inegável, considerando ser a principal causa de dor pélvica, infertilidade feminina e absenteísmo no trabalho”, explicou Marcos Maia, médico que também é especializado em dor feminina. 

Estudos recentes, como o publicado pela revista científica Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences revelou que a dor crônica, a infertilidade, os transtornos de humor e os desafios  socioeconômicos  são  os  principais  fatores  que  comprometem  a  qualidade  de  vida  das pacientes.  A  revisão  destaca  a  necessidade  de  uma  abordagem  multidisciplinar  e  de  políticas públicas que promovam o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, com vistas a minimizar os efeitos adversos da doença.

“Trata-se de uma condição ginecológica na qual o tecido que normalmente reveste a parte de dentro do útero, chamado endométrio, cresce fora do útero, principalmente na região pélvica das mulheres em órgãos como os ovários, bexiga e intestino que não tem cura, mas sim tratamento para controle”, explicou Marcos Maia.

Os principais sinais são dores muito intensas durante o ciclo menstrual ao ponto de não conseguir se levantar para ir trabalhar e fazer suas tarefas diárias neste período, e ciclos irregulares. “A dor pode apresentar piora durante o período menstrual, sendo este o principal alerta para a possibilidade de endometriose. Mas há outros indícios da doença como as dores durante o ato sexual e dor ao evacuar ou urinar”, explicou Marcos Maia.

Principais tratamentos para controle da doença

A endometriose não tem cura, mas os tratamentos reduzem os sintomas e melhoram a qualidade de vida da mulher. No Brasil, a abordagem pode incluir desde medicamentos para aliviar a dor até intervenções cirúrgicas minimamente invasivas para remover a doença.

“Há indicação para dois tipos principais de tratamento: o clínico, que visa inibir a ação do estrogênio, hormônio responsável pela proliferação celular que estimula o crescimento das células endometriais. E o tratamento cirúrgico, que pode ser feito com a ressecção das partes afetadas por laparoscopia ou robótica, que é realizada com precisão para minimizar danos aos tecidos”, explicou o especialista

Os principais objetivos são proporcionar alívio da dor, viabilizar a gravidez para mulheres que assim o desejam e evitar a recorrência da doença. Segundo Marcos Maia, o tratamento pode envolver o uso de medicamentos, intervenções cirúrgicas, ou uma combinação de ambos. 

Terapia hormonal é uma opção

O ginecologista explica que qualquer tratamento para endometriose deve incluir a inibição do hormônio estrogênio. Para isso, são utilizados diversos métodos contraceptivos e anticoncepcionais, que atuam de maneira eficaz. Além disso, progestágenos isolados também são empregados com sucesso no tratamento.

“Dentre essas abordagens, é importante ressaltar o sistema intrauterino de levonorgestrel, popularmente conhecido como DIU medicado. Este método desempenha uma função significativa no alívio das dores e na diminuição do sangramento uterino. É relevante destacar também que o DIU medicado não afeta a ovulação, mas sim reduz a atividade estrogênica na cavidade uterina”, esclareceu o médico.

Infelizmente, não há estudos conclusivos  sobre a causa da endometriose, o que dificulta a definição de uma estratégia de prevenção da doença. 

Também não há a confirmação de fatores de riscos, o que se sabe é que há algumas condições associadas  como obesidade, faixa etária correspondente ao período fértil da mulher, mais comumente entre 30 e 40 anos, início precoce das menstruações, cirurgias uterinas como cesariana, remoção de mioma ou dilatação e curetagem, malformações uterinas, ciclos menstruais curtos, duração do fluxo menstrual aumentada e estenoses cervicais.

Para mais informações sobre endometriose e opções de tratamento, as pacientes devem consultar seus médicos ginecologistas e obter orientações personalizadas.

Sobre o médico Marcos Maia

Marcos Maia é médico ginecologista formado pela Universidade São Camilo (2016) com Residência em Ginecologia e Obstetrícia do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE, 2017-2020) e também especialização em Oncologia Ginecológica (IBCC, 2020-2022). 

É, também, especialista em Patologia do Trato Genital Inferior (PTGI) pela Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia (ABPTGI) e em Endoscopia Ginecológica e Ginecologia e Obstetrícia pela Febrasgo – TEGO  (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).

Possui especialização em Administração Hospitalar e de Sistemas de Saúde (Fundação Getúlio Vargas, 2021-2022).

Sempre buscou aprimoramento profissional na área da saúde da mulher e políticas de saúde pública. Organizador e co-autor do Guia Prático de Saúde da Mulher e com participação na elaboração de capítulos do livro: sobre Epidemiologia e Saúde Coletiva.

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